Orçamento de 2026 garante R$ 41 milhões para construção do último trecho da Estrada Boiadeira

Foto: Assessoria


As obras do último trecho da BR-487, conhecida como Estrada Boiadeira, serão retomadas em 2026. A informação foi confirmada pelo deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) , principal defensor da conclusão da rodovia e responsável pela articulação no Congresso Nacional que garantiu mais de R$ 41 milhões no Orçamento da União de 2026 , aprovado na semana passada, para investir na construção desse segmento que antes estava sob a responsabilidade do governo do estado.


Os recursos para a estrada constam no PLOA 2026 e são destinados exclusivamente ao trecho entre Cruzeiro do Oeste e o distrito de Serra dos Dourados, em Umuarama — a última lacuna da rodovia no Noroeste do Paraná. A dotação assegura previsibilidade financeira para a retomada dos trabalhos, tão logo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) , órgão vinculado ao Ministério dos Transportes , conclua e aceite integralmente o Projeto Executivo da obra e inicie as desapropriações envolvidas no trecho. 


Federalização destravou avanços


Um dos principais entraves era o fato de parte do traçado ainda estar sob domínio do Governo do Paraná. Isso foi superado com a assinatura do Termo de Transferência nº 110/2025, que federalizou segmentos das rodovias PR-082 e PR-682, transferindo-os à União e ao DNIT. A medida era indispensável para permitir o uso de recursos federais, já que o traçado da BR-487 coincide com essas vias estaduais por razões técnicas, econômicas e ambientais.


O processo de federalização encerrou um impasse histórico e liberou definitivamente a aplicação de recursos da União para a conclusão do último lote da Estrada Boiadeira.


Próximas etapas e prazos


Com o licenciamento ambiental e a federalização concluídos, restam a finalização e aprovação do Projeto Executivo e o início das desapropriações. A obra está licitada e com ordem de serviço assinada. O consórcio contratado faz os ajustes finais do projeto, enquanto o DNIT conduz a análise técnica e os procedimentos de expropriação. Vale ressaltar que a conclusão das desapropriações depende da disponibilidade e agenda da Justiça Federal, após instrução pelo DNIT dos processos administrativos, cadastros técnicos e homologação dos laudos técnicos de avaliação envolvidos.


Segundo informações da  Superintendência Regional do DNIT no Paraná, a expectativa é de retomada das obras no primeiro trimestre de 2026. “Garantimos os recursos no orçamento, superamos os entraves e vamos acompanhar de perto a retomada desses procedimentos e das obras que faltam para concluir definitivamente a Estrada Boiadeira”, afirmou Zeca Dirceu.


Histórico de compromisso e impacto


A BR-487 foi construída por etapas. No PAC 1, foram concluídos os trechos entre o distrito de Nova Brasília (Campo Mourão) e Cruzeiro do Oeste; no PAC 2, da divisa com o Mato Grosso do Sul, em Porto Camargo, até Serra dos Dourados. Faltava apenas o segmento agora contemplado. A obra inteira tem um custo total estimado em R$ 1,4 bilhão, a partir de diversas fontes: Governo federal, Governo do Estado, Itaipu Binacional, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). 


O investimento estimado para a conclusão é de R$ 374 milhões, incluindo obras e desapropriações. A rodovia é estratégica para o Noroeste do Paraná, com impacto direto no escoamento da produção, atração de investimentos, geração de empregos e melhoria da qualidade de vida. “Esta rodovia vai criar um ambiente ainda mais favorável para o desenvolvimento, para a geração de emprego, para o crescimento da agricultura, para o crescimento da indústria, para o crescimento da nossa região Noroeste e o Estado do Paraná”, finalizou o deputado Zeca.