Taxa de desocupação recuou no trimestre encerrado em outubro, ficando abaixo das projeções do mercado e confirmando a recuperação do mercado de trabalho, aponta IBGE.
A taxa de desemprego no Brasil registrou uma nova queda e alcançou 5,4% no trimestre móvel encerrado em outubro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (28). O patamar é o menor nível desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012, e superou as expectativas do mercado, que projetavam 5,5%.
O resultado representa uma queda de 0,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e uma redução de 0,7 ponto percentual na comparação com o mesmo período de 2024.
População Desocupada e Ocupada em Mínimas e Máximas
A população desocupada foi estimada em 5,9 milhões de pessoas, atingindo o menor número já registrado pela pesquisa. Segundo o IBGE, esse recuo é um reflexo da continuidade na absorção de trabalhadores em diversos setores da economia nacional.
A população ocupada chegou a 102,6 milhões de pessoas, mantendo-se estável no trimestre, mas registrando um aumento significativo em relação ao ano anterior.
O nível de ocupação, que mede a proporção de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, ficou em 58,8%, também estável nas comparações.
Emprego Formal e Informalidade
O mercado de trabalho formal manteve-se em patamar recorde. O setor privado registrou 39,2 milhões de trabalhadores com carteira assinada, número estável trimestralmente e superior ao observado em 2024.
O número de empregados sem carteira assinada ficou em 13,6 milhões.
O grupo de trabalhadores por conta própria atingiu 25,9 milhões.
A taxa de informalidade permaneceu em 37,8%, o equivalente a 38,8 milhões de pessoas.
Setores em Destaque e Rendimento
O levantamento do IBGE aponta crescimento na ocupação em setores como construção e administração pública. Na comparação anual, o destaque foi a expansão no transporte e nos serviços públicos essenciais.
O rendimento médio real do trabalhador foi estimado em R$ 3.528, permanecendo estável no trimestre, mas apresentando avanço em relação ao ano anterior.
> A massa de rendimento atingiu um novo recorde, chegando a R$ 357,3 bilhões. O IBGE ressalta que a renda firme, junto com políticas de recomposição do salário mínimo e a estabilidade no emprego, tem contribuído para manter o consumo e sustentar o aquecimento do mercado de trabalho, amortecendo os efeitos de juros elevados na economia.
